Frente recusa <br> governo de unidade
A Frente de Salvação Nacional (FSN), que agrupa vários partidos tunisinos, recusou, segunda-feira, participar num governo de unidade nacional. A proposta foi feita pelo partido islamita al Nahda, que lidera o executivo em exercício, com o objectivo de colocar um ponto final na crise política em que se encontra mergulhado o país.
Em comunicado, a FSN insiste na dissolução da actual Assembleia Constituinte e exige a convocação eleições. Até à realização do sufrágio, a Frente propõe que o país seja liderado por um conselho de personalidades independentes que se comprometam em não se apresentarem às urnas.
De acordo com informações divulgadas pela Lusa, a plataforma política apelou, ainda, a todos os sectores políticos, sindicais e sociais para que «unam esforços e obriguem o governo a renunciar».
A FSN assumiu a actual configuração após o assassinato, a 25 de Julho, do líder político Mohamed al Brahmi, acontecimento que provocou nova onda de protestos na Tunísia e aprofundou o fosso entre o Al Nahda, o povo e a oposição.